domingo, 3 de junho de 2012

EU HOJE - Mãe na Maturidade é bom demais!





Não sou um exemplo de mulher que adiou a maternidade para cuidar antes da vida profissional. Muito pelo contrário: fui mãe pela primeira vez aos 19 anos, nasceu meu lindo rapaz Ramon que hoje esta com 20 anos, aos 21 perdi uma gestação de 6 semans, aos 23 outra com 7 semanas,aos 27 perdi mais uma gestação de gêmeos com quase 12 semanas.Não querendo mais repetir o sofrimento desisti dos tratamentos e parti para adoção. Adotamos duas crianças um menino com 3 anos e uma menina com um aninho, hoje Ricardo com 13 anos e Rannya com 11. Passado esses dez anos, fui surpreendida por um momento que a té hoje não sei explicar se é de felicidade, medo, susto ou o que foi.... Mas descobri que estava grávida. Hoje só sei dizer que, duas novas vidas: a dela e a minha!
Essa maternidade madura tem sido o maior encanto de ser mulher. Mais do que ser mãe novamente, estou experimentando a sensação de ganhar uma nova vida de presente. É como se tudo tivesse recomeçado, e de um jeito tão diferente, tão bonito, tão colorido!... Costumo dizer que me reinaugurei. 
Depois de realizar o sonho de ser mãe, educando e cuidando de treis filhos tão amados em meio aos conflitos internos da adoção, às inseguranças da descoberta da maternidade, às dúvidas da escolha profissional, às dificuldades e desafios da vida,a doenças e até ao reconhecimento dos meus próprios limites como ser humano e como mãe,Raquel é um prêmio, uma medalha de honra ao mérito.
Por tudo o que vivi desde a descoberta da primeira gravidez, aos 19 anos de idade, não mereço medalha de ouro nem de prata nem de bronze, pois não fui a melhor mãe do mundo e não fiquei entre as melhores, mas, tenho certeza, fui e sou uma boa mãe. Os meus filhos são, sem dúvida, o que há de mais sensacional na minha biografia.
Com a minha natureza, a minha história familiar, e as minhas marcas de vida não daria para fazer mais do que faço com eles. Porém, depois de tantos anos de maternidade, tenho mais consciência das minhas possibilidades e mais recursos para enfrentar os medos e as dificuldades, que são muitos, nessa infinita tarefa de ser mãe.
A maternidade era o meu sonho de menina. Raquel está aqui com 1 aninho de vida, dando um sentido tão especial à nossas vidas juntos que é difícil explicar. Jossimar é umo pai maravilhoso, nem em sonho poderia imaginar um pai tão maravilhoso. Vou percebendo a cada dia que a qualidade da relação do casal e a maturidade do pai e da mãe fazem muito bem ao desenvolvimento infantil. E sinto-me recompensada por experimentar como é bom ter uma família saudável.
Não acho que sou uma mãe melhor do que fui para os outros treis filhos. Não gosto dessa coisa de melhor ou pior, sou mais madura, estou mais preparada para a maternidade. E não acho que seja só por causa dos meus 40 anos de idade. Não seria a mesma coisa se a Raquel  fosse o minha  primeira filha.
Acredito que aprendi muito, amadureci demais com a experiência anterior. É a partir dos meus erros e dos meus acertos que me esbaldo nessa maternidade tardia. 
Costumo brincar que a Raquel sai ganhando até na qualidade da alimentação, pois tem uma mãe que faz comida de avó. Tenho olhos mais compreensivos e atentos, a boca mais calibrada para falar com autoridade e suavidade ao mesmo tempo, mas, a minha coluna!...kkkkk
Fisicamente, segundo o meu ginecologista e obstetra, a mulher tem as melhores condições para engravidar aos 25 anos, esse é o auge. Mas, sinceramente, ser mãe quarentona é muito mais confortável. Não é só pela maturidade, no sentido de pessoa madura. No meu caso, com essa idade, até os interesses são mais compatíveis com o que exige a educação de uma criança.
Uma mãe pode ser madura aos 20 anos e deixar de ir a uma festa para levar o filho doente ao hospital. Mas, perder uma festa é muito mais fácil para uma mulher de 40 anos do que para uma de 20. Não acho simples desempenhar todos os papéis humanos e sociais de uma mulher do século 21 em nenhuma idade, mas o que é difícil para uma mulher de 40 é muito mais ainda para uma de 20.
Embora mais cansada, sinto que aos 40 anos estou muito mais disponível para a maternidade. Não acho que precise provar mais nada para ninguém, não tenho o futuro profissional ameaçado quando tenho de escolher entre cuidar da minha filha com febre ou trabalhar. É uma fase em que a vida está mais equilibrada entre o que desejo ser e o que sou.
Para mim, a maturidade não é só mais confortável para ser mãe, é para viver. Pode parecer mais desanimada, mais sem graça, mas é muito mais confortável. Sabedoria para valorizar a paciência, a tolerância, a flexibilidade, características tão importantes para cuidar de um filho, só se adquire com o tempo. Eu só consegui uma dose razoável depois de muito tempo!
Tenho me divertido muito com as descobertas dela,subindo escadas, abrindo torneiras, tirando tudo de dentro do armário e etc... Estou vivendo os melhores momentos da minha vida ao lado desse presente que Deus me deu.Muito obrigada Senhor!


Um comentário:

fatima leandro disse...

amei esta historia de vida;que da vida uma vida ;na maturidade.serve de exemplo para que muitas mulheres compreenda que filho é muito mais que um prazer de ser mulher;o ser mãe tem que ter preparo e vencer os medos;como?na maturidade;pois assim depois de tudo pronto na sua vida diaria;finançeira;social...virá a curtiçao dos belos momentos que só um filho pode dar//parabens mamae voce é um exemplo a ser seguido//
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